As ações de polícia nas comunidades baianas foram efetivadas, mais uma vez, pelos profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, no município de Simões Filho-BA.
Participando de um projeto de proteção integrada e destinada às comunidades quilombolas, os policiais militares do Ronda Maria da Penha estiveram no Quilombo Caipora, com a finalidade de levar informações às crianças, adolescentes e mulheres sobre os sobre direitos que lhes são devidos pelo Estado Democrático e de Direito.
Leia mais informações no post publicado, no portal da Polícia Militar da Bahia (PMBA) e transcrito em seguida:
Homens, mulheres e crianças quilombolas do assentamento Quilombo Caipora, no município de Simões Filho, receberam na manhã desta quarta-feira (11), a presença dos policiais militares da Ronda Maria da Penha e profissionais de diversas secretarias do Governo do Estado para discutir políticas públicas que visam reduzir e erradicar a violência doméstica na Bahia. Cerca de 126 familias estão assentadas no local.
Ao todo, o projeto Ciranda Rural com Ronda é uma parceria das secretarias da Segurança Pública (SSP), através da PMBA, de Desenvolvimento Rural (SDR), de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), da Sepromi e de Política para Mulheres (SPM). A major Denice Santiago, comandante da Ronda Maria da Penha esteve presente e falou da importância do projeto.
“O grande ganho desse projeto é que estamos atuando na causa e não na consequência. O que propomos aqui é que as mulheres conheçam seus direitos, identifiquem os tipos de violência e não permitam que aconteça. Da mesma forma fazemos com os homens, para que eles saibam que o que eles fazem é crime, quando eles criticam a mulher, xingam, tomam o cartão de crédito, ameaçam, escondem comida, impedem que a mulher saia de casa isso é violência sim, isso é crime” explicou Denice.
A representante e líder do Quilombo, Maria Elizabete, 68 anos, ficou muito satisfeita com a chegada dos policiais e agradeceu a polícia militar pelo projeto. “Estamos muito felizes com a vinda da ronda Maria da penha, como moramos no campo precisamos ter essa noção, esse conhecimento. Saber o que é nosso direito, somos mulheres e precisamos ser respeitadas. Depois da Lei Maria da penha percebemos que diminuiu bastante os casos, mas ainda há muito a se fazer. Ainda há muito escondido” afirmou.
A Ciranda Rural pretende atender 3.500 mulheres de 27 municípios da Bahia. Serão realizadas 54 oficinas educativas com temas como relações interpessoais, relações de gênero e conhecimento prático da Lei Maria da Penha. Além de Salvador, a Ronda também atua em Paulo Afonso, Serrinha, Juazeiro, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Itabuna e Entre Rios, apresentando uma redução de 80% dos casos de violência doméstica nesses locais.
Fonte: PMBA.