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Há 30 anos, a “PMMG deu asas ao cavalo de Tiradentes […]”.

“[…] a PMMG deu asas ao cavalo de Tiradentes, demonstrando o mesmo compromisso que nosso alferes tinha com a liberdade, com a proteção e com a segurança de seu povo […].”
Coronel Severo.

Nessa sexta-feira (31), foi divulgado, no portal da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), um texto sobre a história da polícia ostensiva aérea praticada pela Instituição Militar Estadual.

O tempo testemunhou os desafios superados. Passo a passo, formaram-se os profissionais de polícia ostensiva e preservação da ordem pública, adquiriram-se as aeronaves, firmaram-se as parcerias de apoio mútuo e ampliaram-se a capacidade operacional da PM mineira.

Nesses 30 anos, os policiais militares, distribuídos em equipes aerotransportadas, atenderam as mais diversas ocorrências, desde o apoio tático às operações terrestres de alta complexidade até o resgate de pessoas em localidades de difícil acesso, a exemplo do que é mostrado no vídeo destacado.

Leia o texto publicado no portal da PMMG e conheça parte do conteúdo da história:

A primeira experiência da Polícia Militar de Minas Gerais com emprego de aeronaves remonta à década de 1920, quando a Força Pública de Minas Gerais adquiriu um avião biplano modelo “AVRO” 504 para observação aérea. Os primórdios da aviação da Polícia Militar tiveram como palco o antigo campo de aviação do prado mineiro, hoje ocupado pela Academia de Polícia Militar.

Os anos de 1921 e 1923 remontam os projetos embrionários da PMMG em adquirir aeronaves para as primeiras atividades aéreas no cumprimento da missão institucional de segurança pública. Foi um avião modelo AVRO 504 a compor a frota inicial da força pública estadual, chegando à cidade de Belo Horizonte desmontado, transportado por via férrea na então Estrada Férrea Central do Brasil.

Posteriormente, em 1951, a PMMG recebeu a título de doação um avião modelo PIPER de fabricação americana, doado pela então primeira dama do país, Sra. Darcy Vargas, através da fundação Getúlio Vargas.

Desde aquela época longínqua, muita coisa mudou. A sociedade evoluiu e com ela, os modos de se pensar e fazer polícia, atendendo aos anseios da comunidade e combatendo os avanços da criminalidade. Em 1986, o então Comandante-Geral da PMMG, Coronel PM Leonel Archanjo Afonso, juntamente com o Chefe do EMPM, Coronel PM Klinger Sobreira de Almeida, incumbiram os Majores PM Uberto e Edson Wagner, a produzir um estudo sobre a implantação de uma unidade de radiopatrulhamento aéreo no Estado de Minas Gerais.

Findado em 1986, o processo de formação e qualificação dos oficiais pilotos e com o objetivo de aumentar a mobilidade operacional da Polícia Militar, diminuindo o tempo de resposta nas ocorrências que apresentassem um elevado risco à população do Estado, bem como elevar o nível de eficácia de suas ações, foi criado, através da Resolução nr 1665, em 28 de janeiro de 1987, o Comando de Radiopatrulhamento Aéreo da PMMG (CORPAer).

O dia 28 de janeiro de 1987 representa um marco histórico na evolução da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, com a criação do Comando de Radiopatrulhamento Aéreo, o CORPAer. Desde sua instalação, em 28 de janeiro de 1987, através da Resolução nr 1665, a Unidade vem desempenhando um valoroso e relevante papel no campo da segurança pública, contribuindo sobremaneira para a manutenção da paz social em todo território mineiro.

Sua criação foi uma das medidas do alto-comando da instituição consubstanciada na reformulação da gestão pública estadual que visava a aplicação do princípio da eficiência nos serviços públicos. Atualmente, a denominação da Unidade Aérea da PMMG é Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo (Btl RpAer), cuja responsabilidade é a execução no Estado de Minas Gerais e até mesmo em outros Estados da Federação, mediante convênio ou situação emergencial, das atividades de radiopatrulhamento aéreo, em observância as normas da Corporação e da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

É importante relacionar esse momento da criação da unidade com o cenário histórico daquela época. No campo da ordem pública, assistia-se a várias crises caracterizadas pelos movimentos sindicais cada vez mais sólidos e representativos, como a exemplo, a famosa greve da construção civil em 1979, exigindo assim, uma tecnologia avançada para dar apoio às operações terrestres.

A primeira aeronave a compor a frota do CORPAer foi doada à PMMG pelo Governador em exercício Hélio Garcia. Tratava-se de um helicóptero modelo Jet Ranger 206-III, prefixo11 PT-HSL, fabricado pela empresa norte-americana Bell Helicopter, o qual recebeu o codinome de Pegasus 01. Houve, à época, a intenção de se criar um codinome para os helicópteros da PMMG. Assim foi rebuscado junto à história o policiamento realizado essencialmente a cavalos. Percebe-se que gostariam de atrelar cultura e tradição da polícia com o recurso tecnológico de ponta.

Surge então o codinome Pégasus, advindo da mitologia grega “Cavalo Alado”. Conceitualmente, afirma o Coronel Severo durante a solenidade comemorativa dos 20 anos do Btl Rp Aer “[…] a PMMG deu asas ao cavalo de Tiradentes, demonstrando o mesmo compromisso que nosso alferes tinha com a liberdade, com a proteção e com a segurança de seu povo […].”

O Pégasus 01 protagonizou várias missões no Estado de Minas Gerais, sendo a principal aeronave de nossa corporação por vários anos. Inicialmente empregado nas missões policiais, no decorrer do tempo passou a fazer operações de salvamento, apoio na prevenção e combate a incêndios florestais. Com a chegada das aeronaves modelo Esquilo AS-350, fabricados pela Empresa Francesa Aeroespatiale e montado pela Empresa Helibrás, o Btl RpAer buscou a padronização da manutenção dos helicópteros, bem como o treinamento de seus pilotos.

Desta forma, o Pegasus 01 passou a ser utilizado prioritariamente para instrução de pilotos e em alguns vôos de reconhecimento com órgãos governamentais, devido a alguns fatores, tais como baixo custo de vôo, melhor visibilidade e a limitação de potência do motor. Em 22 de maio de 2001, o helicóptero Jet Ranger se envolveu em incidente durante simulação de pane de auto-rotação2 com os pilotos da unidade, permanecendo indisponível até 14 de março de 2003, quando então foi soerguido, retornando às atividades.

Lamentavelmente, em 01 de fevereiro de 2006, esta aeronave sofreu novo acidente, durante um cheque inicial de piloto. Devido ao elevado custo para a sua recuperação e soerguimento, o Comando da PMMG optou, neste ano de 2008, em receber o prêmio do seguro aeronáutico e investir na aquisição de outro modelo da Bell Jet Ranger, semelhante ao Pegasus 01.

Desta forma, o PT-YAP (Pegasus 13) assume as atividades destinadas aos vôos de instrução, reconhecimento e filmagens diversas na unidade. Retomando a história, a instalação definitiva do Btl RpAer foi coroada de dificuldades. Inicialmente os integrantes da unidade dividiam o espaço em uma pequena sala no hangar do governo, onde resolviam todos os problemas de radiopatrulhamento aéreo.

Nessas condições precárias, buscaram outro local, passando então a utilizar as instalações em um prédio da então Companhia de Polícia Feminina no bairro Prado Mineiro. Assim, exploravam o campo gramado da APM para os procedimentos de pousos e decolagens. Entretanto, esses procedimentos atrapalhavam as atividades escolares, devido o excesso de ruído produzido pelos rotores. Como as operações aéreas estavam aumentando a cada dia, em razão da exigência da tropa PM pela presença do helicóptero, retornaram ao Hangar do Governo em caráter provisório.

Posteriormente, foi conseguida mediante convênio com a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (INFRAERO), a construção de um moderno hangar, no qual a PMMG passaria a zelar pela segurança do Pátio Norte do Aeroporto da Pampulha, e, em contrapartida, a INFRAERO construiria um hangar para a Polícia Militar.

Em 1992, o Comando da Aeronáutica, sensibilizado com a causa do Btl Rp Aer, proporcionou a expansão da aviação mineira, disponibilizando dois (2) helicópteros modelo Bell 47, através de doação. Em 22 de fevereiro de 1994, incorporou-se à frota a quarta aeronave, um Esquilo AS 350 B2 – prefixo PP-EPM (Pegasus 04), equipado para atividades policiais, de salvamento, prevenção e combate a incêndios e resgate aeromédico.

Infelizmente, após um acidente ocorrido durante exame de recheque de pilotos, o Estado de Minas perde o Pégasus 04 no ano de 1996. Não houve vítimas, porém o helicóptero foi totalmente destruído, sendo substituído posteriormente por outra aeronave modelo Esquilo AS-350 B2 – prefixo PP-EJJ (Pégasus 07), com recursos advindos do seguro da aeronave acidentada.

Em 1995, mediante convênio (parceria) com a Prefeitura de Uberaba, a PMMG passou a operar naquela cidade com um helicóptero modelo Robinson 22. Esta aeronave, o PP-MAF, foi denominado Pégasus 06. Tal desconcentração perdurou por somente dois (2) anos. Em 1996, o Governo do Estado de Minas adquiriu mais quatro (4) helicópteros modelo Esquilo AS 350 B2. Esses helicópteros foram repassados paulatinamente à PMMG, sendo o último entregue ao final do ano de 1998. São as aeronaves PP-EJK (Pegasus 08), PP-EJL (Pegasus 09), PP-EJM (Pegasus 10) e PP-EJN (Pegasus 11).

Reconhecidamente, o convênio que mais se destacou ao longo dos anos foi o firmado em 1998 entre a PMMG e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). Tal convênio prevê como cláusula a operação de um helicóptero Esquilo, prefixo PP-IEF (Guará 01) e a partir de 2006 lhe foi acrescentado outro helicóptero de mesmo modelo de prefixo PP-IEG (Guará 02) e em 2009 um avião modelo CORISCO (Guará 03). Os Guarás – como são chamados os helicópteros da SEMAD – atuam na proteção e preservação do meio ambiente, conjuntamente com os integrantes das regionais do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e de outros órgãos ambientais, como o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), dentre outros.

O avião modelo Cesnna 210, PT-DTB (Pegasus 05), que se encontrava em regime de depósito judicial junto à PMMG, fez parte das atividades de segurança pública no Btl Rp Aer. Esse avião foi apreendido pela sua utilização em ações ilícitas relacionadas com o tráfico de entorpecentes. No final de 2002, foi devolvido ao seu proprietário por determinação judicial.

Depois de algumas operações frustradas, onde não foram possíveis o transporte aéreo da tropa do Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE) da PMMG aos locais onde se desencadeavam ocorrências complexas, surgiu a necessidade de discutir a viabilidade da PMMG receber definitivamente uma aeronave de asas fixas (avião), que pudesse operar diuturnamente e sob condições meteorológicas por instrumento. Além desta operação diuturna, deveria haver a possibilidade do transporte de maior número de militares até o local da ocorrência com o tempo de deslocamento reduzido.

Desta forma, no início do mês de março de 2007 a PMMG recebeu definitivamente o avião King Air – C90 de prefixo PT-OSO, incorporado à esquadrilha como o Pegasus 12. Ressalta-se também a contribuição do Btl Rp Aer em formar e capacitar policiais pilotos e tripulantes operacionais em 14 Estados brasileiros, quais sejam, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul,Mato Grosso, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Paraíba, Sergipe, Acre, Amazonas, além de órgãos públicos federais e estaduais como a Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), IEF, totalizando 35 pilotos e 20 tripulantes operacionais.

Atualmente, a PMMG possui a segunda maior frota policial dentre os operadores estaduais, sendo superada apenas por São Paulo. Com o projeto estadual de desconcetração de bases operacionais do Btl RpAer, temos a 1ª CoRpAer (Companhia de Radiopatrulhamento Aéreo) em Belo Horizonte, a 2ª CoRpAer com sede em Uberlândia, a 3ª CoRpAer com base em Montes Claros, e a 4ª CoRpAer com base em Juiz de Fora.

Esta diversificada frota de aeronaves do Btl Rp Aer cumpre um leque de missões em todo Estado, dentre as quais pode-se citar as principais: coordenação e apoio ao policiamento ostensivo geral, salvamento, ações de combate a incêndio florestais e de preservação ao meio ambiente, remoção e resgate aeromédico, operações de alta complexidade, entre outras. Os anos se passaram e o Btl RpAer decolou e ocupou um espaço considerável nas ações e operações da PMMG. Hoje já consolidada, contribui para a manutenção da continuidade operacional dentro da vastidão do território mineiro e das inúmeras necessidades de suas comunidades. “Esquadrilha Pégasus, a ajuda que vem do céu”.

A Equipe Pontopm cumprimenta cada um e todos os integrantes da PMMG que atua na polícia ostensiva aérea.

Fonte: PMMG.

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