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Alerta, Brasil!

Existem saídas para as crises. Porém, elas não são encontradas porque, de modo geral, não se quer abrir mão de privilégios, reconfigurar gastos, orçamentos e projetos.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo Arcebispo de Belo Horizonte.

O Alarme já disparou…

Se quisermos assumir o controle da guerra urbana, precisamos controlar, antecipadamente, o “tráfico de drogas, de armas de minério e de animais”, destacou o Jornal Estado de Minas de ontem, 5 de março de 2017:

Com o acordo de paz firmado entre os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano, comandantes de batalhões do lado brasileiro já observam o aumento da entrada de armamentos ilegais — como os temíveis fuzis AK47 e AR15 — para abastecer o crime nas capitais. Outra preocupação é a crise na Venezuela, que, segundo os militares daqui, tem levado cidadãos a vender as armas.

A partir das informações dos militares brasileiros, mesmo com a entrega de parte do arsenal das Farcs para as Nações Unidas (ONU), conforme estabelece o acordo, armas com alto poder de fogo dos rebeldes têm abastecido o mercado brasileiro, a partir do tráfico.

Uma das vias que armam homicidas e femicidas brasileiros…

A despeito dos esforços do Ministério da Defesa, com o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), é possível monitorar apenas 29 dos 570 municípios daquela região fronteiriça. Não há, também, o controle que deveria haver por parte da Organização das Nações Unidas (ONU). Isso porque, apenas o armamento obsoleto e inservível para a prática criminosa tem sido recolhido, no cumprimento do acordo firmado, enquanto que “armas de grosso calibre estão entrando no Brasil em direção às capitais”, segundo o General de Exército Guilherme Cals THEOPHILO Gaspar de Oliveira, do Comando Logístico da Força Terrestre Brasileira, ao destacar que:

“O armamento velho, como carabinas, armas de caça e espingardas calibre 12, são entregues ao governo da Colômbia. Já as armas novas, como o AR15 e o AK47, são vendidas para criminosos no Brasil na fronteira”.

Mortes que chegam, riquezas que vão...

Ainda não conseguimos estancar a evasão de riquezas brasileiras. A afirmativa é feita a partir da reportagem citada, quando se vê que:

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a faixa de fronteira protegida por lei tem 150 quilômetros de extensão, que se estendem por três das cinco regiões do Brasil. Essa ineficiência na vigilância de quem entra e sai do território nacional permite a passagem de produtos ilegais. Mas as saídas de minério e produtos naturais também preocupam as Forças Armadas.

NIÓBIO Entre os minérios que deixam o Brasil ilegalmente, o mais preocupante é o nióbio. O Brasil tem 98% de todo esse material existente no mundo. Apesar de abundante por aqui, o item é usado para desenvolver produtos de alto valor para a indústria, como a fuselagem de aviões, espaçonaves e telas de alta tecnologia, usadas em computadores, smartphones e aparelhos de televisão.

Com notável conhecimento da região norte brasileira, conforme destacou no vídeo, o General Theophilo, pode afirmar com autoridade que:

Nossa fronteira registra um grande tráfico de minério no extremo norte do país, na região da Guiana Francesa, Guiana e Suriname. O nióbio, que é um produto riquíssimo, que poderia ser explorado pela Vale, está sendo usado na venda para a compra de drogas e armamento. Atualmente, apenas uma empresa explora esse tipo de produto natural, sendo que ela não quer mais nióbio circulando por uma questão de mercado.

Inclusive, com o tráfico de animais…

Conforme a informação destacada na reportagem, indicando que:

Além do tráfico de minérios, a Região Norte e todo o restante da fronteira registra uma grande quantidade de tráfico de animais. Essa seria a terceira maior fonte de renda para o crime organizado. Além de ser usado como fundo financeiro para o caixa das organizações criminosas, o tráfico de animais ameaça a flora, a fauna e causa um grande impacto no meio ambiente. Segundo um relatório do Ibama, entre 2005 e 2015, estima-se que o tráfico de animais tenha injetado R$ 7 bilhões no crime organizado.

Na parte final da reportagem, foram destacadas:

Três perguntas para…

Theophilo Gaspar de Oliveira
General de Exército responsável pelo Comando Logístico da Força, em Brasília

Por onde drogas e armas entram em território brasileiro?

Existe um erro de percepção de que o trecho mais sensível é a Tríplice Fronteira, em Foz do Iguaçu, na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Mas essa impressão ocorre apenas por conta do monitoramento que tem lá, onde são apreendidos diversos produtos. Mas o maior problema está no Norte do país, na região da Amazônia. Drogas e armas entram principalmente na fronteira entre Colômbia, Venezuela e Peru. Todo esse material ilegal entra por terra e por pequenos aviões, que seguem para o Rio de Janeiro e São Paulo. Nessa região não existe monitoramento. A fronteira está aberta hoje para quem quiser. E pela Região Norte entram imigrantes ilegais, criminosos e pessoas que exploram recursos naturais. Mas o maior problema é a entrada de armas e drogas, que abastecem o crime organizado no Brasil. Não adianta tomar medidas paliativas. É necessário fazer a fonte secar para as organizações criminosas. Os recursos do crime vêm de drogas e armas. É preciso acabar com a entrada ilegal destes produtos.

Por que o acordo com as Farc é um problema para o Brasil?

Os integrantes deste grupo não entregam todas as armas. Eles mantêm um acordo com o governo que prevê a entrega de seu equipamento. Mas eles só entregam armas mais velhas. O que tem de novo, que vale mais no mercado negro, é enviado ao Brasil por meio do tráfico. São armas pesadas, como o fuzil AK47, de fabricação russa. Atualmente, essa é a melhor arma para o crime organizado. Essas armas vão parar nos grandes centros urbanos e criam maior dificuldade para se combater o crime organizado.

O senhor citou que a fronteira com a Venezuela também é um ponto frágil. Por quê?

O governo de Hugo Chavez e o atual, de Nícolas Maduro, criaram milícias populares. O governo cedeu armas para essas pessoas. São mais de 1.300 homens armados com fuzil. Como a Venezuela está enfrentando a maior crise econômica e social da sua história, esses homens vendem suas armas para o Brasil. Essas armas entram pelas fronteiras e vão logo parar em regiões onde o crime organizado impera.

Há, portanto, informações consolidadas, consistentes e indicativas da necessidade do desencadeamento das ações preventivas de defesa interna, com a finalidade de bloquear as “entradas de saídas” identificadas anteriormente. Há, também, uma conjuntura episódica desfavorável, impondo contenções de despesas, as mais diversas. Mas, não se deve desconsidera considerar que a continuidade do status quo agravará, ainda mais, o quadro caótico que reflete significativamente na segurança pública brasileira, impondo remendos aqui e acolá.

As situações ocorridas nos meses iniciais deste ano são indicativas de resultados desfavoráveis e causadores do medo e das possibilidades do império da desordem continuar crescendo. Seus efeitos irradiarão uma sensação de insegurança descabida e reflexos pernósticos no quadro situacional do desenvolvimento socioeconômico brasileiro.

Pensar, é preciso! Decidir com inteligência, é preciso. Agir com prudência e oportunidade, é preciso!

Do contrário, ficará difícil encontrar uma saída para a crise que se forma — e cresce — silenciosamente…

Fonte: Jornal Estado de Minas e Diário do Brasil

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Sobre o(a) Autor(a):

Isaac de Souza

Isaac de Souza

(1949 _ _ _ _) É Mineiro de Bom Despacho. Iniciou a carreira na PMMG, em 1968, após matricular-se, como recruta, no Curso de Formação de Policial, no Batalhão Escola. Serviu no Contingente do Quartel-General – CQG, antes de matricular-se, em 1970, e concluir o Curso de Formação de Oficiais – CFO, em 1973. Concluiu, também, na Academia Militar do Prado Mineiro – AMPM, os Cursos de Instrutor de Educação Física – CIEF, em 1975; Informática para Oficiais – CIO, em 1988; Aperfeiçoamento de Oficiais – CAO, em 1989, e Superior de Polícia – CSP, em 1992. Serviu no Batalhão de RadioPatrulha (atual 16º BPM), 1º Batalhão de Polícia Militar, Colégio Tiradentes, 14º Batalhão de Polícia Militar, Diretoria de Finanças e na Seção Estratégica de Planejamento do Ensino e Operações Policial-Militares – PM3. Como oficial superior da PMMG, integrou o Comando que reinstalou o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, onde foi o Chefe da Divisão de Ensino de 92 a 93. Posteriormente secretariou e chefiou o Gabinete do Comandante-Geral - GCG, de 1993 a 1995, e a PM3, até 1996. No posto de Coronel, foi Subchefe do Estado-Maior da PMMG e dirigiu, cumulativamente, a Diretoria de Meio Ambiente – DMA. No ano de 1998, após completar 30 anos de serviços na carreira policial-militar, tornou-se um Coronel Veterano. Realizou, em 2003-2004, o MBA de Gestão Estratégica e Marketing, e de 2009-2011, cursou o Mestrado em Administração, na Faculdade de Ciências Empresariais da Universidade FUMEC. É Fundador do Grupo MindBR - Marketing, Inteligência e Negócios Digitais - Proprietário do Ponto PM.